Foto: Agência Câmara
Sra. Presidenta, colegas Parlamentares, visitantes, telespectadores, há alguns dias o jornal O Globo e Correio Braziliense divulgaram notícia a respeito da forma como é feito o treinamento e os exercícios dos militares e membros da segurança pública do Distrito Federal. Nessa ocasião, policiais e militares são estimulados à violência, á truculência, ao desrespeito aos direitos humanos.
A propósito, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias divulgou uma Nota de Repúdio nos seguintes termos:
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, face às denúncias sobre cânticos de estímulo à violência e à brutalidade em treinamentos de soldados de nossas Forças Armadas...
Sra. Presidenta, eu imaginava que o tempo seria de 3 minutos, exatamente para o qual me inscrevi.
Em todo caso, concluirei depois a minha fala para dar conta desta nota de repúdio da Comissão de Direitos Humanos, que denuncia uma maneira de reproduzir, de estimular a violência na formação de agentes públicos do Estado, diferentemente do que está se dando na Argentina. O Ministério da Defesa daquele país está implantando nova estrutura de profissionalização dos militares, de formação profissional daqueles agentes do Estado, com foco na mudança de conceitos, introduzindo-os numa nova teoria do Estado, focado na defesa dos direitos humanos e no respeito a eles.
Lamentavelmente, no Brasil essa formação se dá no sentido de reproduzir a cultura da violência, a opressão do Estado sobre os cidadãos, em absoluto desacordo com o avanço da sociedade civil em termos da defesa dos direitos humanos, do respeito à dignidade humana e da responsabilidade do Estado nos termos da Constituição, para que os agentes públicos de segurança e os membros das Forças Armadas liberem, de uma vez por todas,a sua consciência da cultura da dominação, da violência, da truculência e do desrespeito aos direitos humanos.
Incito os membros das Forças Armadas e dos órgãos de segurança pública que aprendam com a Argentina e mudem a forma de educar e de treinar os agentes do Estado, a forma de como tratar a cidadania e o modo de aproximá-lo da sociedade civil, que é exatamente colocada numa outra dimensão, com uma outra preocupação e absolutamente respeitosa com os direitos humanos em nosso País.
Portanto, leio esta nota de repúdio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, exigindo, inclusive, que o Ministério da Defesa dê explicações, informe a essa Comissão o modo ... (O microfone foi desligado.) e a maneira como estão formando os profissionais militares e os profissionais de segurança pública do nosso Estado.
Sra. Presidente, obrigada pela tolerância.
*Discurso no plenário em 16/07/2012
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, face às denúncias sobre cânticos de estímulo à violência e à brutalidade em treinamentos de soldados de nossas Forças Armadas e de Segurança Pública, divulgadas pelos jornais O Globo e Correio Braziliense, manifesta seu mais veemente repúdio a esses procedimentos, reiterando que seu conteúdo confronta princípios da nossa Constituição e dos acordos internacionais de Direitos Humanos em que o Brasil é signatário.
A CDHM requer explicações do Ministério da Defesa e do governo do Distrito Federal, e a adoção das providências cabíveis para proibir, de vez, tais ‘costumes’ de apologia à barbárie. Eles revelam a existência de setores saudosistas da Ditadura Militar.
Brasília, DF, 12 de julho de 2012
Sra. Presidenta, colegas Parlamentares, visitantes, telespectadores, há alguns dias o jornal O Globo e Correio Braziliense divulgaram notícia a respeito da forma como é feito o treinamento e os exercícios dos militares e membros da segurança pública do Distrito Federal. Nessa ocasião, policiais e militares são estimulados à violência, á truculência, ao desrespeito aos direitos humanos.
A propósito, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias divulgou uma Nota de Repúdio nos seguintes termos:
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, face às denúncias sobre cânticos de estímulo à violência e à brutalidade em treinamentos de soldados de nossas Forças Armadas...
Sra. Presidenta, eu imaginava que o tempo seria de 3 minutos, exatamente para o qual me inscrevi.
Em todo caso, concluirei depois a minha fala para dar conta desta nota de repúdio da Comissão de Direitos Humanos, que denuncia uma maneira de reproduzir, de estimular a violência na formação de agentes públicos do Estado, diferentemente do que está se dando na Argentina. O Ministério da Defesa daquele país está implantando nova estrutura de profissionalização dos militares, de formação profissional daqueles agentes do Estado, com foco na mudança de conceitos, introduzindo-os numa nova teoria do Estado, focado na defesa dos direitos humanos e no respeito a eles.
Lamentavelmente, no Brasil essa formação se dá no sentido de reproduzir a cultura da violência, a opressão do Estado sobre os cidadãos, em absoluto desacordo com o avanço da sociedade civil em termos da defesa dos direitos humanos, do respeito à dignidade humana e da responsabilidade do Estado nos termos da Constituição, para que os agentes públicos de segurança e os membros das Forças Armadas liberem, de uma vez por todas,a sua consciência da cultura da dominação, da violência, da truculência e do desrespeito aos direitos humanos.
Incito os membros das Forças Armadas e dos órgãos de segurança pública que aprendam com a Argentina e mudem a forma de educar e de treinar os agentes do Estado, a forma de como tratar a cidadania e o modo de aproximá-lo da sociedade civil, que é exatamente colocada numa outra dimensão, com uma outra preocupação e absolutamente respeitosa com os direitos humanos em nosso País.
Portanto, leio esta nota de repúdio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, exigindo, inclusive, que o Ministério da Defesa dê explicações, informe a essa Comissão o modo ... (O microfone foi desligado.) e a maneira como estão formando os profissionais militares e os profissionais de segurança pública do nosso Estado.
Sra. Presidente, obrigada pela tolerância.
*Discurso no plenário em 16/07/2012
NOTA DE REPÚDIO
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, face às denúncias sobre cânticos de estímulo à violência e à brutalidade em treinamentos de soldados de nossas Forças Armadas e de Segurança Pública, divulgadas pelos jornais O Globo e Correio Braziliense, manifesta seu mais veemente repúdio a esses procedimentos, reiterando que seu conteúdo confronta princípios da nossa Constituição e dos acordos internacionais de Direitos Humanos em que o Brasil é signatário.
A CDHM requer explicações do Ministério da Defesa e do governo do Distrito Federal, e a adoção das providências cabíveis para proibir, de vez, tais ‘costumes’ de apologia à barbárie. Eles revelam a existência de setores saudosistas da Ditadura Militar.
Brasília, DF, 12 de julho de 2012
Deputado DOMINGOS DUTRA
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias
Deputada Erika Kokay Deputada Luiza Erundina
Deputado Luiz Couto Deputado Chico Alencar
Deputado Padre Ton Deputado Jean Wyllis
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