O Conselho de Comunicação Social é uma
conquista da sociedade brasileira, consagrada na Constituição de 1988
que criou esse órgão de assessoria ao Congresso Nacional nas questões
relativas à comunicação social.
A reivindicação da sociedade civil ao Congresso Constituinte era a
criação de um organismo a ser integrado por representantes da sociedade
e com o poder de deliberar sobre a política de comunicação social do
país.
Contudo, essa demanda, defendida por alguns constituintes, sob a
liderança da inesquecível deputada pernambucana, Cristina Tavares,
enfrentou forte resistência e foi rejeitada, aprovando-se um conselho
com caráter apenas consultivo.
A lei que instituiu o Conselho de Comunicação Social, em cumprimento
ao artigo 224 da Constituição Federal, só foi aprovada em dezembro de
1991, portanto, três anos após a promulgação da Constituição, e a
eleição dos 13 conselheiros e igual número de suplentes para um mandato
de dois anos só ocorreu onze anos depois na sessão extraordinária do
Congresso realizada em junho de 2002.
Desde então, o Conselho só teve mais uma gestão, a de 2004-2006, por
omissão da presidência do Senado que até hoje não convocou sessão do
Congresso para eleger novos conselheiros. Assim, esse órgão que é o
único espaço de participação da sociedade no debate de temas dessa
relevância para o país, encontra-se desativado há quase cinco anos, o
que, além de flagrante descumprimento de dispositivo constitucional,
subtrai um direito conquistado pelos cidadãos e cidadãs brasileiros.
Importantes decisões referentes às comunicações foram tomadas e
implementadas pelo governo durante esse tempo, sem contar com a
contribuição do Conselho, como: o modelo de digitalização adotado; a
criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC); a realização da 1ª
Conferência Nacional de Comunicação; o Plano Nacional de Banda Larga
(PNBL); o marco civil da internet, e o debate sobre o novo marco
regulatório das comunicações; todas questões estratégicas para o
desenvolvimento do país.
Realizamos duas audiências públicas na Comissão de Ciência e
Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, para
discutir o problema, às quais o Senado, embora convidado, não
compareceu, negando-se, assim, a dar explicações à sociedade.
Então, entramos com representação na Procuradoria Geral da República
para que o Ministério Público investigue os motivos que levam o
Congresso Nacional a não convocar sessão para eleição de novos
conselheiros. A representação foi protocolada no dia 20 de agosto de
2009 e até esta data sem resposta.
Considere-se, ainda, o fato de que o Conselho, criado há exatamente
vinte anos, não acompanhou as fantásticas inovações tecnológicas que
impactam o setor das comunicações ao longo das duas últimas décadas, o
que exige que o Conselho, além de voltar a funcionar, precisa ser
reformulado em suas prerrogativas e no sentido de incorporar novos
segmentos que hoje compõem o setor das comunicações.
Com a palavra o Congresso Nacional que deve uma explicação à
sociedade brasileira sobre o descumprimento de dispositivo
constitucional e legal em detrimento do interesse público.
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